Você sabe o que é respirador bucal?
Nariz estreito, boca entreaberta e olheiras acentuadas. Essas são algumas características da criança que respira pela boca. A obstrução das vias aéreas superiores faz com que a criança necessite respirar pela boca, uma vez que não consegue respirar pelo nariz. “E quando isso acontece, podem ocorrer vários problemas, como infecções de ouvidos, das vias aéreas, sinusites, distúrbios do sono, como o ronco, deglutição atípica e alterações na posição dos dentes (má-oclusão)”, explica a ortodontista Dra. Bruna Cruz.A respiração pela boca pode ocorrer devido à hipertrofia de amígdalas e adenoides, desvio de septo, bronquite, rinite, entre outras doenças. Crianças que sofrem com a síndrome do respirador bucal podem apresentar baixo rendimento escolar, cansaço intenso frente a pouco exercício e baba noturna. “A respiração, além de exercer uma função vital, é muito importante no desenvolvimento facial e dentário e deve ser observada na criança para prevenir problemas futuros”, destaca a Dra. Bruna.As alterações bucais mais frequentemente relacionadas com a respiração bucal são: mordida cruzada posterior (deficiência no crescimento lateral da maxila), mordida aberta anterior, palato profundo, dentes tortos, queixo pra trás, gengivite crônica, além de alto índice de cárie. Segundo a Dra. Bruna, a ortodontia dispõe de métodos eficientes para corrigir as anomalias dentofaciais, atuando sobre o padrão dentário e no padrão ósseo. Normalmente são utilizados expansores que podem ser fixos ou removíveis. “O tratamento precoce é importante, pois os aparelhos indicados para este tipo de má-oclusão atuam apenas durante a fase de crescimento, e quando o crescimento cessa, o tratamento passa a ser cirúrgico”, informa.A síndrome do respirador bucal precisa ser tratada o mais precocemente possível, por uma equipe de profissionais (otorrinolaringologista, ortodontista, alergista, fonoaudiólogo e fisioterapeuta). Todos atuando em conjunto para que os fatores relacionados à respiração bucal sejam corrigidos e a criança possa crescer e se desenvolver normalmente. “O quanto antes diagnosticada a respiração bucal, maiores as chances de sucesso no tratamento”, finaliza.