Bebês e a cárie de mamadeira
Não é porque o bebê tem poucos dentinhos que ele está livre da cárie. Ao contrário, a situação é relativamente comum em crianças menores de 3 anos e é conhecida como “cárie de mamadeira”. Segundo a odontopediatra Dra. Renata Pinheiro, a doença está relacionada à ingestão constante, e por longos períodos, de líquidos açucarados - ou não -, como o leite com ou sem misturas (incluindo o leite materno), fórmulas com farinhas, sucos, água de côco, achocolatados, entre outros, exceto a água.

Por isso, a higienização bucal correta e o acompanhamento com o odontopediatra desde o nascimento é tão importante para prevenir o problema. “Isso é fundamental para que a mãe tenha todas as orientações sobre higienização, alimentação e adquira hábitos corretos com o filho.”

Os primeiros sinais da cárie de mamadeira são o aparecimento de manchas brancas na superfície do dente, em forma de linha esbranquiçada próxima à gengiva. “Parece que o dente está ‘esfarinhando’”, diz a odontopediatra. O não tratamento neste ponto da doença pode evoluir para cavitações no esmalte, com o rompimento de sua integridade e o dente acometido poderá adquirir uma coloração marrom com o tempo.

Segundo a Dra. Renata, o tratamento consiste na mudança de hábito, que é o causador da cárie, que pode ser o aleitamento materno em livre demanda ou o aleitamento artificial em grande quantidade e em horários inadequados (mamadeira noturna). “Após a mudança dos hábitos, inicia-se o processo de remineralização no consultório e, por fim, a reconstrução estética dos dentes afetados.”