Teste da Orelhinha é essencial
Assim que a criança nasce é importante saber se está tudo bem com sua audição. Com a finalidade de detectar precocemente alterações auditivas que poderão interferir na qualidade de vida, todo recém-nascido deve, obrigatoriamente, ser submetido ao Teste da Orelhinha. “O indicado é que a criança faça a avaliação logo após o nascimento, até o terceiro mês de vida”, explicam as fonoaudiólogas Dra. Fabíola Sócrates de Bastos e Dra. Maria de Lourdes Campos Santana.

A grande importância do exame é garantir à criança surda a oportunidade de ter uma linguagem mais próxima da realidade, pois caso a descoberta da deficiência auditiva aconteça após o segundo ano de vida, a criança perde a fase mais importante da aquisição de linguagem e, consequentemente, terá dificuldades não só para se comunicar, mas também na relação com o próximo. “Os primeiros seis meses de vida são decisivos para o desenvolvimento futuro da criança. Assim, a detecção precoce é considerada, atualmente, fator crítico para melhores resultados no processo terapêutico”, avaliam.

As fonoaudiólogas ressaltam que a avaliação é feita durante o sono natural do bebê. Não causa nenhum desconforto, é rápido e indolor. “O procedimento é realizado com a utilização de um fone na parte externa da orelha do bebê, que emite sons de fraca intensidade e permite a verificação, por meio de um computador, da resposta dada ao estímulo. O resultado sai na hora”, informam.

 

Conheça alguns fatores de risco que podem afetar a audição do bebê:

• Histórico familiar de surdez;

• Baixo peso até os 28 dias de vida;

• Doenças congênitas (sífilis, rubéola, toxoplasmose, herpes e citomegalovírus);

• Hiperbilirrubinemia (doença que ocorre 24 horas depois do parto. O bebê fica todo amarelo por causa do aumento de uma substância chamada bilirrubina);

• Anormalidades de pavilhão auricular;

• Fissura labial ou palatina;

• Intervenção na UTI por mais de 48 horas;

• Uso de medicamentos ototóxicos.