Rápido e indolor. O Teste do Olhinho, um dos exames de triagem neonatal fundamentais para o recém-nascido, é indicado para identificar má-formações oculares e prevenir sequelas de doenças potencialmente graves para a visão, como a Catarata Congênita, Retinopatia da Prematuridade, Persistência de Vítreo Hiperplásico Primário e Glaucoma Congênito.
De acordo com o Prof. Dr. Alexandre Taleb, médico oftalmologista do Instituto de Cirurgia e Laser e do Hospital de Olhos Aparecida, podem ser identificadas, ainda, doenças infecciosas, como toxoplasmose e rubéola congênita e, também, defeitos do desenvolvimento, como colobomas e aniridia. “Dependendo da doença identificada, a criança pode ser orientada a manter acompanhamento médico constante, realizar estimulação visual precoce ou, nos casos mais graves, pode até haver indicação da realização de cirurgia ocular”, explica.
Como se faz?
O Dr. Alexandre Taleb explica que o Teste do Olhinho consiste na observação se há reflexo vermelho quando uma luz é projetada sobre a pupila da criança. Sempre que alguém observar que o reflexo da pupila quando iluminada, por exemplo, por um flash fotográfico, não for vermelho, há necessidade de avaliação imediata por um oftalmologista.
No consultório oftalmológico, além da simples verificação do reflexo vermelho, é feita uma criteriosa avaliação do fundo de olho do recém-nascido. Para isso, deve-se dilatar a pupila do bebê. O oftalmologista irá avaliar a anatomia ocular e da retina e do nervo óptico e a presença, ou não, de opacidades que comprometam a chegada das imagens até a retina do bebê. São examinadas, também, as estruturas oculares externas (córnea, conjuntiva e pálpebras) e a motilidade ocular.
“Felizmente, temos observado uma maior conscientização da sociedade quanto à importância do Teste do Olhinho, o que tem feito com que cada vez mais crianças recém-nascidas estejam sendo avaliadas pelos oftalmologistas. Educação em saúde e divulgação da importância desse exame são fundamentais para que mais crianças possam ser examinadas e protegidas”, ressalta.
Avaliações oftalmológicas recomendadas na primeira infância:
1ª: ao nascer (três primeiros meses)
2ª: um ano
3ª: dois anos
4ª: quatro anos
5ª: sete anos (quando o desenvolvimento visual está completo)
“Essa rotina garante que erros de refração (miopia, hipermetropia ou astigmatismo), estrabismo ou doenças infecciosas ou congênitas possam ser identificados e tratados a tempo.”