Seu filho está com infecção urinária? A Osteopatia pode ajudá-lo!
A infecção urinária em crianças é um problema mais comum dos que os pais imaginam. Segundo o Osteopata Pediátrico Dr. Mauro Gemelli, a infecção aguda geralmente ocorre associada à febre e, em bebês, pode provocar vômitos e regurgitações. “Normalmente, o tratamento da doença é feito com o uso de antibióticos. Porém, episódios recorrentes podem ser resultados de problemas que não são causados primeiramente pela colonização de antígenos. Um exemplo disso acontece quando existe uma dificuldade da bexiga se esvaziar completamente. O restinho de urina pode ser colonizado por bactérias, o que resulta em infecções locais na região da uretra e da bexiga, as quais podem, inclusive, subir pelo ureter e ao rim, causando infecções mais graves”, explica Gemelli.De acordo com ele, na Osteopatia considera-se o que são as causas das retenções e fatores que facilitam as infecções urinárias de repetição, como, por exemplo, tensões decorrentes de quedas sobre o sacro (queda sentado), forças exageradas no parto (independe da via), cicatrizes cirúrgicas, constipação intestinal, assim como outros traumas (tombos) que a criança possa sofrer. “Nesses casos é necessário liberar a tensão que existe e que influencia a função da bexiga para que a criança melhore efetivamente do quadro de infecção”, observa.Segundo Gemelli, as tensões podem irritar os nervos que comandam a bexiga e a Osteopatia procura as disfunções e realiza o tratamento delas. “Essas disfunções podem alterar a circulação ideal na bexiga, o que poderia levar a uma dificuldade do sistema imunológico de combater a infecção, resultando em uma maior proliferação de antígenos”, destaca.Outro mecanismo pode favorecer a infecção a partir da constipação intestinal. A tensão do sacro, na região da pélvis, pode gerar esse comando errado para o esfíncter do ânus, o qual retém fezes. Para os meninos isso não costuma ser a causa de infecção, mas para as meninas – nas quais uma fina membrana separa o intestino do canal vaginal – pode gerar a passagem de bactérias dessa membrana para o canal vaginal. “Dificilmente isso irá ocorrer, mas é possível. Dessa forma, o foco do tratamento, às vezes, é tratar a mobilidade do cóccix e assim que o intestino funcionar num padrão normal, desaparece a tensão sobre a membrana, reduzindo o risco de infecção cruzada entre as cavidades.”Osteopatia na práticaO Osteopata lembra ainda de um caso de consultório de uma menina, com quase três anos de idade, que sofria há quase um ano e meio com cerca de 30 episódios de infecção urinária. “Ela chegou ao meu consultório [ano passado] e já havia tomado inúmeros antibióticos diferentes, porém a infecção urinária retornava. Logo depois que identificamos e tratamos a tensão dela, os resultados positivos apareceram. Depois de seis meses da alta da Osteopatia, a mãe me contou que a garotinha estava bem, sem nenhum episódio de infecção e não teve mais necessidade de tomar antibióticos”, revela Gemelli.