Reconheça um bebê chiador
O chiado no peito é uma queixa muito comum entre as mamães que procuram atendimentos de urgência ou consultas de rotina. São cerca de 45% dos casos de atendimentos no pediatra. Isso porque até os dois anos é muito comum que os bebês sejam acometidos pelo quadro de chiado no peito. Eles são chamados, então, de “bebês chiadores”.

A Dra. Gina Iwamoto, especialista em alergia e imunologia pediátrica, conta que esse quadro se refere à Síndrome do Lactente Sibilante, que pode ser reconhecida caso os bebês sofram com a presença de chiado contínuo no peito por um mês ou apresentem três episódios de chiado por dois meses, isso quase sempre aliado ao cansaço, tosse e falta de ar.

Segundo a médica, o quadro de bebê chiador pode sinalizar várias doenças, por isso é importante que, ao notar a presença de chiado, a mamãe leve o bebê ao médico, pois, assim, é possível fazer um diagnóstico precoce e descobrir a que tratamento submeter a criança. “O diagnóstico é basicamente clínico, com a realização de exames para se excluir algumas doenças. Sendo assim, um diagnóstico precoce leva a um tratamento rápido”, destaca.

Ela explica que a asma é a mais comum dessas doenças provocadoras do “bebê chiador”, mas o chiado no peito pode ser decorrente da aspiração de um corpo estranho, do refluxo, de outras doenças pulmonares, de viroses e demais infecções das vias respiratórias. “As vias respiratórias dos bebês são bem mais estreitas que nos adultos e seu sistema imunológico ainda é imaturo. Isso facilita bastante a frequência e incidência do chiado no peito”, ressalta.

A prevenção ainda é a melhor forma de evitar o chiado. A Dra. Gina orienta que os pais evitem manter os bebês perto de fatores desencadeantes da doença, como poluição, ácaros, mofo, fumaça de cigarro, etc. “Porém, uma vez feito o diagnóstico, o tratamento dependerá de cada caso, mas, normalmente, são usados broncodilatadores e, em alguns casos, de corticosteróides. De qualquer forma, visite seu médico.”