O bebê pode ser avaliado por um quiropraxista logo após o nascimento ou há uma idade mínima para isso? Por quê?
Sim, o bebê pode e deve ser avaliado por um Quiropraxista logo após o nascimento. Isso pois qualquer alteração de posicionamento dos ossos do crânio ou da coluna muitas vezes não são percebidos, pois a criança ainda é muito pequena, e seu corpo se adapta rapidamente. Lembrando, claro, que o bebê deve também ser acompanhado sempre por seu pediatra. A Quiropraxia é muito conhecida em países da Europa, Estados Unidos e Austrália, e nesses locais alguns pais após a primeira consulta com o pediatra, já levam a criança ao quiropraxista para uma avaliação e acompanhamento do crescimento. O mais importante nessa fase é a prevenção.
Quais os benefícios da quiropraxia para bebês?
A quiropraxia remove as interferências na coluna (vértebras mal posicionadas ou com movimento incompleto), por meio de movimentos suaves e indolores para a criança. O tratamento melhora cólicas intestinais, dificuldade de amamentação, irritabilidade e sono agitado. Isso porque esses sintomas podem ser o resultado de um incômodo causado por essas interferências. As técnicas utilizadas têm o objetivo de realinhar os ossos e melhorar o funcionamento das articulações, principalmente da coluna. Assim, a comunicação entre o cérebro e o corpo todo se normaliza e a saúde do bebê é restaurada por completo.
Os bebês dão algum sinal de que algo está errado com sua coluna?
Geralmente, não. Isso porque a coluna da criança é muito móvel e adaptável. Raramente uma criança vai reclamar de dor nas costas, mas ela pode dar sinais de que algo está errado, diminuindo o apetite, ficando mais irritada, dormindo mal ou pelo mau funcionamento do intestino.
O que pode provocar um desalinhamento vertebral no bebê?
O parto em si já é um momento traumático para a coluna do bebê – principalmente se não for um parto natural. Todas as forças que atuam sobre a cabeça e a coluna do bebê durante o nascimento podem alterar o posicionamento das vértebras, e isso influencia diretamente no funcionamento da coluna e do sistema nervoso. Além disso, a posição de mamar, dormir e até ficar no colo pode alterar a disposição e funcionamento correto das vértebras.
Além da situação de lesões pelo parto ou crescimento acima da capacidade de expansão do útero, problemas na coluna podem acontecer também durante o crescimento do bebê? Por quê e como ocorrem?
A genética familiar pode influenciar muito no aparecimento de problemas na coluna, como é o caso de escolioses. Estas, quando diagnosticadas ainda na infância, têm maior possibilidade de serem tratadas e diminuídas. Além disso, durante o crescimento da criança, a postura deve ser observada em atividades do dia a dia.
E para as crianças maiores, quais as principais indicações do tratamento quiroprático?
As mesmas indicações que para os bebês, inclusive para a prevenção de problemas que possam acontecer durante o crescimento. Por exemplo, crianças na fase em que estão aprendendo a andar e engatinhar sofrem muitas quedas. Isso pode alterar o posicionamento dos ossos da coluna e da pelve (bacia). Crianças em idade escolar muitas vezes praticam esportes e também podem sofrer traumas. Além disso, o peso da mochila e a postura sentada na escola e nas atividades do dia a dia podem influenciar negativamente no desenvolvimento da coluna da criança. Até o primeiro estirão de crescimento é extremamente importante avaliar a presença de escoliose para um melhor resultado do tratamento. Também é importante avaliar sempre a coluna para prevenção.
Somente um quiropraxista graduado está habilitado para avaliar o posicionamento específico de cada vértebra da coluna, e tratá-la para corrigir essas alterações.
Como ocorre o tratamento?
O tratamento ocorre através de movimentos suaves sobre as articulações da criança. Esse procedimento tem o objetivo de melhorar a mobilidade e o posicionamento dos ossos do crânio, da coluna e da pelve (bacia). Os movimentos são indolores e suaves. As técnicas são todas adaptadas, dependendo do tamanho da criança. Algumas crianças mais agitadas muitas vezes precisam de um tempo maior de tratamento, mas, geralmente, na primeira seção a consulta dura em torno de 1h, e nas consultas seguintes em torno de 30 minutos. Procuro sempre deixar o ambiente o mais agradável e tranquilo possível, para que a criança se sinta bem e à vontade, muitas vezes usando recursos para distrair os pequenos durante o tratamento.