Meu filho precisa de fono?
É lindo quando o bebê começa a balbuciar os primeiros sons, logo depois saem as primeiras palavrinhas e em seguida as frases simples. Porém, quando ele apresenta algum sinal de dificuldade ou atraso na linguagem, os pais logo ficam ansiosos. Esse deve ser o momento de procurar o fonoaudiólogo. “Os pais devem marcar uma consulta assim que tiverem dúvidas, necessitarem de orientações ou de uma avaliação formal da linguagem, voz ou funções, como a respiração, sucção, mastigação, deglutição e fala da criança”, explica a fonoaudióloga, especialista em motricidade orofacial, Dra. Mara Lozano.Vários fatores podem ocasionar alterações na fala como: uma perda auditiva ou dificuldade em diferenciar e produzir fonemas (sons das letras) muito parecidos; frênulo lingual curto; falta de estímulo no processo de aquisição da fala; modelos de fala infantilizados; respiração oral que altera a musculatura e partes ósseas da face dificultando a correta articulação dos lábios, língua, bochechas e palato mole. “Chupeta, mamadeira, sucção digital, onicofagia (roer unhas), não mastigar alimentos duros e manter a boca aberta para respirar são alguns hábitos que se não corrigidos podem levar a importantes alterações dentárias e musculares, que podem prejudicar funções do sistema estomatognático tais como a mastigação, deglutição, respiração e fala”, ressalta.Os problemas da fala podem aparecer em qualquer fase da vida da criança. Por isso é importante que os pais e pessoas que convivem com o pequeno estejam atentos ao seu desenvolvimento. “Aos 4 meses, o bebê emite sons guturais, do 6º ao 8º mês começa a balbuciar e a partir dos 12 meses fala palavras simples. Após os 2 anos já conhece muitas palavras e formula pequenas frases. A criança finaliza a aquisição dos sons e frases corretamente por volta dos 5 ou 6 anos de idade. No caso de perceberem um desenvolvimento distinto do esperado, procurem um fonoaudiólogo para realizar uma avaliação. Quanto antes esta criança iniciar o tratamento fonoaudiológico, melhores serão os resultados esperados”, destaca. A participação e envolvimento dos pais no processo terapêutico é fundamental.