Se o quadro se repete mais de 7 vezes em um ano ou 5 a cada 12 meses por mais de 2 anos, e não há outros fatores associados, a cirurgia para retirada das amídalas é indicada, aponta Dr. Givanildo. “A cirurgia dura cerca de uma hora e a criança toma anestesia geral. Todo o processo é feito pela abertura da boca, sem necessidade de deslocar a mandíbula ou de corte externo. Eu prefiro realizar a cirurgia no período da manhã, pois a criança não necessitará ficar muitas horas sem comer, vai acordar e logo será operada”, esclarece o especialista.
O repouso pós-operatório dura de 7 a 10 dias, quando a criança deve evitar atividades de impacto, como brincar no pula-pula, correr, jogar bola etc. Ainda, nos dois primeiros dias, a dieta é líquida e gelada. “Hora de as crianças aproveitarem para tomar muito sorvete.” No terceiro e quarto dias, a criança já pode ingerir alimentos pastosos, como purê ou carne moída. Depois, a dieta se aproxima do normal e em 15 dias ela volta à sua rotina.
Entendendo a dor de garganta
De acordo com o otorrinolaringologista, as amidalites podem ser virais ou bacterianas. Os dois quadros apresentam sintomas semelhantes, como febre, dor de garganta e dificuldade para engolir. Em geral, os virais, que representam 75% dos casos da doença, podem estar associados também à coriza e à tosse. Em crianças pequenas pode ainda haver vômitos, inapetência, entre outros sintomas gerais. Nesses episódios, apenas o tratamento de suporte é necessário, como o uso de analgésicos e antitérmicos.
Em menor número estão as amidalites bacterianas e aí são necessários antibióticos para o tratamento. Distinguir os dois tipos é importante, pois cada um tem seus remédios. “O diagnóstico, na maioria das vezes, é clínico, baseado na história dos sintomas e no exame físico”, orienta o Dr. Givanildo.