“A proposta é que por volta dos seis meses de vida a criança comece a fazer as refeições junto com a família. A comida é oferecida picada, em formas e tamanhos que ela seja capaz de segurá-la com as mãos e levá-la à boca. Assim, o pequeno vai comer o que quiser e na velocidade que quiser, sem pressão por parte dos pais, o que a incentiva a ter maior confiança”, explica a nutricionista Dra. Christiane Scarel.
Segundo a especialista, entre as principais vantagens do BLW estão o incentivo à mastigação - importante no desenvolvimento motor da criança - e a possibilidade da criança descobrir cada sabor e discriminar frutas e legumes. “Com o alimento picado, a criança sente o gosto, a consistência e outros detalhes que não seriam possíveis em uma papinha que mistura diversos alimentos”, diz.
Além disso, sem ser amassado para virar papinha, acrescenta a Dra. Christiane, o alimento preserva propriedades importantes, como as fibras, que podem auxiliar no bom funcionamento intestinal. “Outro benefício é que o fato de o bebê comer de forma devagar, aprendendo aos poucos a mastigar sua comida, também combate a obesidade infantil.”
Cuidados
Os alimentos não podem ser cortados em pedaços muito pequenos. “É preciso ter bastante organização na criação do cardápio. Por isso, é importante ter o acompanhamento de um nutricionista. Com a introdução do BLW, acompanhado do aleitamento materno, a criança terá suprida toda sua necessidade nutricional”, aconselha a Dra. Christiane.
Outra preocupação é com a possibilidade de o bebê engasgar. A nutricionista esclarece que isso pode acontecer com qualquer tipo de técnica de introdução alimentar. Por isso, por mais autonomia que o BLW dê para a criança, é importante que os pais estejam sempre observando a alimentação dos pequenos.
“É preciso tomar cuidado com alimentos que possam favorecer engasgos graves, como tomate, cereja ou ovo de codorna. Também é necessário retirar caroços e sementes. Legumes cozidos são mais macios e fáceis de serem consumidos.”