Como os pais podem estimular o desenvolvimento dos seus filhos?
Presenciar os primeiros passinhos, ouvir o “ma-ma-ma” do seu bebê tentando falar mamãe, ver o esforço dele em montar blocos de brinquedo, achar lindo os primeiros rabiscos... Para os pais, é sempre muito prazeroso perceber como a criança se desenvolve rapidamente. Quanto orgulho desse serzinho tão inteligente! Porém, mais do que ficarem felizes com as conquistas do pequeno, a responsabilidade deles para que tudo ocorra no seu tempo é tão importante quanto o correto desenvolvimento biológico. “Em toda a rotina e atividades feitas com o bebê, há oportunidades para estimulá-lo. Isso não está ligado somente a uma atividade específica, mas ao ambiente em que ele vive e às pessoas à sua volta”, afirma o educador físico da Unique Airton Ribeiro.

Até o sexto ano de vida, o cérebro da criança atinge 90% do seu tamanho total, ou seja, até essa idade tudo que for passado para ela será absorvido com maior facilidade. Contudo, nos dois primeiros anos de vida é quando os pequenos têm seu maior nível de desenvolvimento motor e cognitivo, por ser uma fase em que ainda estão descobrindo o mundo, tudo que está ao seu redor é novidade, estão sedentos por informações do meio em que vivem. “Nessa fase, é primordial que os pais tenham o maior cuidado possível com o que é ensinado e com as experiências do bebê, já que, o que ele está vivendo agora, praticamente será levado para a vida inteira”, aconselha Airton.

A seguir, o profissional dá dicas para que os pais possam estimular seus filhos em situações como dentro do carro, na troca de roupa, no banho, durante a refeição e até mesmo na hora de dormir:

  • Quando o bebê estiver no colo ou deitado, movimentar objetos ou a mão lateralmente;
  • Movimentar objetos coloridos na frente do bebê, brincando e conversando com ele;
  • Tocar e movimentar o corpo do bebê durante as brincadeiras para que ele inicie um processo de aprendizado motor e, assim, de forma crônica, aumente o seu repertório motor;
  • Estimular o bebê a rolar em superfícies seguras;
  • Estimular o bebê a bater palmas;
  • Colocar o bebê na frente do espelho e fazer brincadeiras de aparecer e desaparecer;
  • Quando o bebê estiver brincando, pedir para ele dar um brinquedo a alguém;
  • No momento do banho, ao lavar o corpo do bebê, faça massagens leves e vá dizendo o nome das partes do corpo. Utilize brinquedos coloridos e sonoros;
  • Com o bebê deitado, ajudá-lo a movimentar-se para que se sente sozinho;
  • Deixar o bebê no chão para que se arraste e engatinhe;
  • Estimular e deixar o bebê a engatinhar pela casa toda;
  • Perguntar por pessoas e objetos para que ele aponte e inicie o processo de aprendizado do idioma;
  • Quando estiver trocando o bebê, explique os movimentos e peça para ele ajudar;
  • Dar brinquedos com cordinhas para que ele faça “movimento de pinça” para segurar a corda;
  • Mostrar livros e revistas e contar histórias curtas para que ele reconheça objetos, animais e partes do corpo;
  • Ajudar o bebê a caminhar com algum apoio.

Na Unique

Visão, audição e tato são constantemente estimulados nas atividades diárias e a Música, Artes, Ballet Baby, Natação e Psicomotricidade são as atividades propostas no programa Baby Plus para promover este aprimoramento. As atividades são lúdicas, prazerosas, divertidas e repletas de muito carinho, amor e respeito, favorecendo a construção da autoconfiança e autoestima das crianças, que são pré-requisitos para o desenvolvimento da inteligência. “Nós, profissionais da área, também estamos sempre buscando materiais, atividades e métodos para criar o melhor ambiente de aperfeiçoamento para cada faixa etária”, ressalta.

Se algo não vai bem

É preciso ter atenção aos sinais e comportamentos do bebê. A maioria das famílias consegue perceber com certa facilidade atrasos nos grandes marcos do desenvolvimento, como engatinhar e andar, contudo, alerta Airton, esse não deve ser o único padrão de avaliação do nível de desenvolvimento. Segundo o educador físico, o atraso pode ocorrer em uma ou mais áreas, como: coordenação motora ampla (habilidades físicas, como rolar, sentar e andar); coordenação motora fina (capacidade de segurar as coisas, manipular objetos); linguagem e fala (tanto a compreensão quanto a fala); habilidades sociais (relacionamento com outras pessoas). É importante sempre fazer o acompanhamento da criança com o pediatra, para que ele possa indicar se realmente a criança está ou não aquém do que deveria.

Marcos do desenvolvimento infantil

Até 3 meses: inteligência prática. Aprendizagem por meio dos sentidos (principalmente boca). Quanto à parte motora, os movimentos são involuntários e regidos por reflexos.

Até 6 meses: controla mãos e cabeça de barriga para baixo e consegue sentar com apoio.

Até 9 meses: controla a cabeça com a barriga para cima. Arrasta, rola, senta e fica em pé com apoio.

Até 1 ano: engatinha, começa a ter movimento de pinça e a andar com apoio.

Até 1 ano e meio: o bebê já caminha com facilidade e começa a andar de forma lateral.

Até 2 anos: o bebê desce de objetos com certa facilidade, inicia o seu andar para trás e consegue empurrar objetos com os pés.

Até 3 anos: sobe e desce degraus. Corre, solta e lança objetos de forma intencional.