Como o pediatra pode te ajudar a alimentar seu bebê?
Entre os cuidados que envolvem um bebê, a alimentação é um dos que mais preocupam os pais. Como ter sucesso na amamentação? Até quando amamentar? Como e quando fazer a introdução de novos alimentos? E se ele não gostar de certas comidas? Tão certo como as dúvidas que surgem é que você encontrará as melhores respostas em um acompanhamento periódico com o pediatra. Com as orientações corretas, é possível prevenir diversos problemas alimentares nos primeiros anos de vida do seu filho.

Nesse aspecto, a primeira orientação da pediatra geral Dra. Lúcia Rocha Lima Montenegro é sobre a importância da amamentação. O leite humano é considerado o padrão ouro da alimentação pelos seus benefícios nutricionais, imunológicos e emocionais. O ato de amamentar deve ser exclusivo até os 6 meses de vida e poderá se estender até os 2 anos de idade. “Hoje, compreendemos que o aleitamento materno faz parte de um processo amplo e complexo de desenvolvimento do indivíduo, com repercussão na sua saúde física e psíquica. Assim como nenhuma criança pode começar a andar ou falar antes de estar pronta, não deveria ser desmamada antes de atingir a maturidade ideal para enfrentar este processo”, afirma. A alimentação complementar, por sua vez, deve ser iniciada aos 6 meses do bebê.

E aí começam desafios ainda maiores. Por isso, o pediatra deve ter um bom relacionamento com os pais, estimular as consultas de puericultura e mostrar interesse pelos problemas relatados por eles. “Cada criança é diferente e é papel do pediatra ajudar os pais a compreendê-las e superar as dificuldades que aparecem ao longo do desenvolvimento infantil”, pontua. Confira a seguir algumas dicas importantes para uma alimentação eficaz:

  • Na impossibilidade do leite materno, o pediatra deve prescrever uma fórmula infantil de acordo com a idade da criança e suas particularidades.
  • Deixe alimentos nutritivos com fácil acesso e não leve para dentro de casa aqueles que não quer que a criança coma.
  • Tão logo a criança demonstre fome deve ser alimentada, pois se esperar muito ela poderá perder o apetite.
  • A interação com a criança na hora da refeição deve ser calma e tranquila, sem demonstrar ansiedade e não falar frases tipo “coma só mais um pouquinho para fazer a mamãe feliz”, pois isso pode gerar sentimento de culpa na criança e aumentar o estresse e a falta de apetite.
  • São necessárias, em média, 8 a 10 exposições a um novo alimento para que ele seja aceito pela criança.
  • Não se recomenda que os alimentos sejam muito misturados, porque a criança está aprendendo a conhecer novos sabores e texturas dos alimentos.