Acompanhamento pediátrico é fundamental para a criança
Está grávida, mas já pensando em quem será o pediatra do seu bebê? Não pense que está agindo de forma precipitada. Este é mesmo o momento certo de escolher o médico que irá acompanhar o crescimento do seu filho. Segundo a pediatra geral e infectologista pediátrica Dra. Nerci Ciarlini, o acompanhamento da criança, do nascimento até os 5 anos de idade, é de fundamental importância para a promoção à saúde dela e prevenção de agravos, identificando situações de risco e buscando atuar de forma precoce nas intercorrências.Não é só quando está doente que o seu filho precisa ir ao pediatra. Pelo contrário: criar o hábito de uma rotina de consultas periódicas garante a intervenção preventiva e detecção precoce de doenças e distúrbios que podem afetar o pleno desenvolvimento e a saúde dele, explica a Dra. Nerci. “Ações aparentemente simples, como, pesar, medir, avaliar aquisição de novas habilidades e utilizar o cartão da criança, contribuem para a melhoria da saúde infantil!”, reforça a médica. Nas consultas de puericultura, ou seja, de acompanhamento rotineiro com o pediatra, o especialista observa a criança, indaga sobre as atividades dela, avalia reações frente a estímulos e realiza o exame clínico.Quando tudo na maternidade ocorreu dentro do esperado o bebê deverá ser levado ao pediatra aproximadamente aos 7 dias de vida, para avaliar como está indo o aleitamento materno. Se tudo estiver dentro do esperado, com um mês deve-se ter a segunda consulta. A partir daí, sugere-se que as consultas para acompanhamento normal da criança sejam mensais até o primeiro ano de vida. Depois, até os 2 anos, o encontro deve ser bimestral. Dos 2 aos 4 anos, semestral e acima dos 4 anos, uma vez por ano.“Essas recomendações são válidas para o acompanhamento da criança saudável, ou seja, sem nenhum agravo, seja este físico, psíquico, alimentar ou de qualquer outra natureza. Qualquer intercorrência deve ser avaliada prontamente pelo médico”, aconselha a Dra. Nerci. Por isso, é tão importante que os pais possam estabelecer uma relação de mútua cooperação com o pediatra, tirando dúvidas, tendo alguém de confiança a quem recorrer nos casos de doença, podendo, enfim, ter alguém habilitado a ajudar a cuidar adequadamente de seu filho.Tudo isso vai contra um comportamento que tem se tornado cada vez mais comum entre os pais: utilizar o pronto-socorro, que tem a finalidade de atender apenas emergências, como recurso para consultas pediátricas comuns. “Qual o problema? Mesmo sendo um excelente médico, o plantonista nunca viu, não conhece as características da criança e vai ter que receitar para esse paciente, o qual provavelmente nunca mais verá. Portanto, use esse serviço quando necessário. Dê prioridade ao acompanhamento pediátrico sempre!”, diz.