Qual é o sexo do meu bebê?

Assim que o casal descobre a gravidez, a primeira pergunta que invariavelmente vem à cabeça é: será que é menino ou menina? E a ansiedade pela resposta só tende a crescer. Esperar até a 16ª semana de gestação, quando o exame de ultrassonografia finalmente revela o sexo do bebê, torna-se um processo longo e repleto de curiosidade. “O fato é que as gestantes de Brasília contam, há nove anos, com a possibilidade de descobrir o sexo do bebê bem antes da ultrassonografia, método tradicional de identificação. O teste, conhecido como sexagem fetal, pode ser realizado a partir da oitava semana de gestação”, explica a bioquímica e Coordenadora do Setor de Biologia Molecular do Laboratório Sabin, Dra. Lara Velasco.

Como é realizado

De acordo com a Dra. Lara,  o teste de sexagem fetal é simples e inócuo. Além disso, o exame não exige preparação especial, não possui nenhuma contraindicação e o resultado é disponibilizado em três dias úteis. “A coleta é realizada em diversas unidades do Laboratório Sabin”, informa.

A Dra. Lara conta que o exame está cada vez mais comum entre as brasilienses. “O interesse é cada vez maior porque as pacientes têm 99,99% de garantia de precisão do resultado”, afirma.

A Técnica

O DNA das amostras é extraído e é realizada a pesquisa de sequências do cromossomo Y, por meio da técnica de Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real (que em inglês é Polymerase Chain Reaction – PCR). Como apenas homens possuem o cromossomo Y, a presença dele indica que o bebê é do sexo masculino. Sendo assim, a ausência do cromossomo Y indica que a criança será uma menina.

O procedimento passou por várias evoluções desde que começou a ser realizado. De acordo com a bioquímica, inicialmente o processo era manual, com todas as etapas realizadas pelos profissionais do laboratório. “Atualmente, a extração do DNA é automatizada e o PCR convencional foi substituído pelo em tempo real, tornando o ensaio homogêneo e sem abertura de tubos, o que diminui consideravelmente a manipulação e o risco de contaminação. O próximo passo para o exame é automatizá-lo completamente”, adianta.

A técnica também é menos invasiva que outras formas de determinação do sexo durante a gestação, como a amniocentese (aspiração de uma pequena quantidade do líquido amniótico) ou a biópsia do vilo corial (retirada de células do tecido da placenta).