Pré-natal na gestação de alto risco
Nada como se sentir amparada caso você descubra estar passando por uma gestação de risco. O Dr. Everardo Guanabara, especialista em medicina fetal, atua com os obstetras Zeus Peron, Francisco Jerônimo e Eliana Tomaz na Clínica Evangelista Torquato para garantir uma atenção pré-natal qualificada. A seguir, eles esclarecem a importância de um acompanhamento adequado nesses casos:

O que é uma gestação de risco?

Dr. Francisco Jerônimo – A gestação é um fenômeno fisiológico e sua evolução se dá geralmente sem intercorrências. Apesar deste fato, há uma parcela de gestantes que, por serem portadoras de alguma doença, sofrerem algum agravo ou desenvolverem problemas no bebê, apresentam maior risco de evolução desfavorável. Pacientes com patologias renais, cardíacas ou endócrinas, como diabetes e problemas na tireoide, necessitam de cuidados específicos, assim como os fetos que apresentam malformações ou infecções congênitas. Todas as gestações gemelares são consideradas de risco, já que o corpo da mulher foi ‘projetado’ para gerar um bebê por vez.

Qual o diferencial desse pré-natal?

Dra. Eliana Tomaz – É um pré-natal direcionado para os aspectos individuais de cada gestante, garantindo os cuidados da saúde materno-fetal, monitorando cada estágio da gravidez e oferecendo a segurança de que as famílias necessitam. Não necessariamente essas gestantes consideradas de risco vão ter alguma intercorrência. No entanto, necessitam de um pré-natal mais próximo e especializado.

Que cuidados a equipe médica deve tomar para evitar o parto prematuro?

Dr. Zeus Peron – Durante o acompanhamento pré-natal, é possível diagnosticar os estágios iniciais do trabalho de parto prematuro, tanto para tentar impedir ou postergar o nascimento, como propiciar as melhores condições para receber o bebê. A prematuridade pode acontecer por causas maternas e por fatores ligados ao próprio bebê, além do trabalho de parto prematuro espontâneo. Há casos em que é indicada a antecipação do parto, mas evitar a prematuridade continua sendo um grande desafio para o obstetra.

Por que o ultrassom morfológico do primeiro trimestre é um exame tão importante?

Dr. Everardo Guanabara – Principalmente se realizado entre 11 e 14 semanas, esse exame fornece muitas informações que podem mudar totalmente o rumo de uma gravidez. Em mãos experientes, podemos ter o entendimento em até 70% das vezes se aquele bebê estaria acometido por uma malformação grave, como um defeito de parede abdominal, ou até mesmo suspeitar de uma anomalia cardíaca ou do sistema nervoso central. Além de tranquilizar muito a futura mamãe, é um instrumento importante no acompanhamento pré-natal.