As complicações da pré-eclâmpsia
Pré-eclâmpsia. Toda mulher que pretende engravidar, certamente já ouviu falar disso. Mas você sabe exatamente o que é e quais as consequências para sua gravidez e para seu bebê? A doença, também chamada de toxemia gravídica, pode ser definida como o aumento da pressão arterial, associado ao aumento da perda de proteína na urina. Estima-se que esta condição atinja cerca de 8,5 milhões de gestantes por ano no mundo e que ela ocorra em 3% a 14% das gestações.As causas da pré-eclâmpsia não são totalmente compreendidas. A maioria dos casos se desenvolve em mulheres saudáveis, que estão em sua primeira gravidez. Além disso, várias condições médicas estão associadas a um aumento de risco para a doença, como hipertensão arterial crônica, diabetes e doença renal.Os sinais e sintomas são muitas vezes silenciosos e algumas vezes semelhantes aos considerados normais durante a gravidez. Embora possa ocorrer mais cedo, normalmente a pré-eclâmpsia aparece após a 20ª semana de gestação ou até 48 horas depois do parto. O diagnóstico é mais comum após a 32ª semana. O início mais precoce da doença (20 - 32 semanas) está associado à grave ameaça à mãe e ao bebê, pois representa uma das principais causas de parto prematuro e mortalidade fetal e neonatal. Quando ela está presente precocemente, pode surgir a necessidade de programar o parto para antes da 37ª semana de gestação.O pré-natal é a melhor maneira de diagnosticar e gerenciar a doença. Ao menor sintoma, o médico obstetra irá tomar as medidas necessárias e solicitar exames capazes de detectá-la. O exame de sangue que ajuda no diagnóstico precoce da pré-eclâmpsia é o rastreamento bioquímico.Dentre os marcadores bioquímicos dosados há o Fator de Crescimento Placentário (PIGF), proteína produzida pela placenta que tem a tarefa de regular as suas funções, além de ter ação vasodilatadora, que aumenta o diâmetro das artérias. Níveis muito baixos de fatores como esse podem contribuir para a disfunção endotelial vascular, o que é um dos sintomas da pré-eclâmpsia.É importante ressaltar que a detecção precoce da pré-eclâmpsia é de suma importância, uma vez que os bebês de uma gestação nesta condição estão sob maior risco de sofrimento fetal, restrição de crescimento intrauterino, insuficiência respiratória, convulsões e sangramento cerebral, danos renais, infecção generalizada e até a morte.