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O bebê, então, vai passando da dependência absoluta a uma fase de consciência da dependência, para seguir rumo à autonomia. A psicóloga destaca que não se pode falar em autonomia se a criança não teve a oportunidade de passar pelas fases psíquicas anteriores. Ela, inclusive, observa que é um erro analisar como positivo o desenvolvimento de uma “pseudo-independência” ou um mecanismo de defesa baseado no desapego.
“Ou seja, algumas vezes, ouvimos dizer que o bebê é ‘independente”, que ‘praticamente se criou’, que ‘se basta’ ou ‘não dá o menor trabalho’. Existe uma linha tênue entre a criança que atingiu sua independência, galgando patamares em um ambiente favorável, atento e disponível por algum tempo, e que se aventura a conseguir fazer algo a seu modo, e aquela criança que, por não encontrar um adulto disponível para ela por algum tempo maior, precisou ‘se virar’, tornando-se ‘autossuficiente’”, afirma Fernanda.
Nesse sentido, é importante refletir sobre os diferentes cenários sociais, os modelos disponíveis, as diversas formas de interação que eles propiciam, os medos e conflitos gerados por eles e as soluções que um bebê encontra para os impasses. “Isso é fundamental para que possamos oferecer o equipamento emocional necessário, para o bebê se transformar numa criança competente socialmente, em qualquer que seja o ambiente”, finaliza.
Como a criança se socializa?
