A hora dessa decisão pode ser angustiante para muitos pais. Afinal, é a primeira vez que o bebê se afasta da família por tanto tempo ao longo do dia. Apesar das dúvidas e preocupações, pode ter certeza que, se bem escolhida, a instituição trará muitos benefícios para seu filho. Confira o que observar:
1. Berçaristas: cuidar de um bebê não é fácil, imagine de vários ao mesmo tempo. Por isso, recomenda-se que o bercário tenha, no máximo, oito crianças para cada duas cuidadoras.
2. Lactário: veja se ele tem espaço destinado à lavagem, esterilização e armazenagem das mamadeiras devidamente identificadas. Também é fundamental que exista uma sala de amamentação para que as mães possam amamentar os bebês no berçário, caso desejem.
3. Berços: os berços devem ter espaçamento mínimo de 0,5m entre si, para garantir a circulação segura das berçaristas com as crianças. E atenção: uma sala pode acomodar, no máximo, 15 berços.
4. Iluminação: a iluminação natural de onde os bebês dormem deve ser controlada com cortinas que tornem o ambiente confortável para o sono.
5. Pátios: as crianças devem ter à disposição um pátio descoberto e outro com cobertura.
6. Estrutura física: os materiais utilizados no acabamento de teto, paredes e pisos devem ser resistentes, de fácil limpeza e adequados ao clima. Fuja de carpetes, que podem causar alergia nas crianças. Veja também se no local de brincar, o chão é antiderrapante e amortece quedas.
7. Janelas: o ideal é que as janelas sejam de vidro antiestilhaçamento. Todas devem estar protegidas com grades ou telas de segurança.
8. Escadas: os profissionais do berçário devem sempre auxiliar as crianças na subida e na descida. O mesmo vale se a instituição tiver elevador.
9. Pequenos detalhes: medidas simples evitam acidentes: tomadas devem estar protegidas com tampas de plástico, para a criança não levar choque, e as quinas dos móveis devem receber protetores de silicone.
10. Câmeras: uns condenam, outros amam. Há escolas com cobertura em tempo real, e os pais podem assistir tudo online. Outras não oferecem o serviço. O monitoramento não deve se tornar uma dependência nem ser a única forma de confiança na escola.
11. Brincadeira segura: repare se os brinquedos disponíveis no local são adequados para a idade das crianças que os utilizam. Se estiverem quebrados, velhos ou mal conservados, acenda o sinal vermelho. Peças pequenas, que podem ser engolidas, são proibidas. Os brinquedos devemser higienizados com álcool 70% ou álcool gel de quatro a cinco vezes ao dia. Estão fora de cogitação bichos de pelúcia e outros de tecido, que não podem ser adequadamente limpos e permitem proliferação de fungos e bactérias.
12. Impressão geral: avalie a limpeza do local como um todo.
13. Mãos lavadas: pergunte se os funcionários lavam as mãos com frequência e se ensinam as crianças a fazerem o mesmo antes de comer e após usar o banheiro.
14. Cozinha: peça para conhecer a cozinha e repare na limpeza. Funcionários devem usar toucas e ter unhas curtas. As janelas devem ter telas anti-insetos.
15. Alimentos: o cardápio deve ser criado por uma nutricionista.
16. Sapatos: quando está aprendendo a andar, é normal a criança rolar pelo chão e engatinhar. Por isso, o piso deve estar limpo, e o ideal é controlar o uso de sapato no local onde essa atividade acontece. Ou seja: nessa sala, só podem entrar funcionários e crianças com calçados de uso exclusivo interno, como chinelo ou pantufa.
17. Funcionários: questione sobre o uso de uniformes pelos profissionais – tanto por segurança como por higiene.
18. Higiene: conheça onde acontecem o banho e as trocas de fraldas. O local ideal deve se parecer com uma maternidade, com cubas de inox, duchas e trocadores de material impermeável. As fraldas sujas devem ser depositadas em lixeiras com tampa e pedal.
19. Vacinas: pergunte se o berçário observa a carteira de vacinação das crianças e promove campanhas de conscientização. Quando todas estão imunizadas, o risco de contrair doenças diminui significativamente.
20. Adoeceu: não deixe de perguntar sobre a política da escola em relação aos alunos doentes. Muitas acabam aceitando a criança mesmo quando ela não está bem. Isso, porém, coloca as demais em risco. O berçário deve deixar claro que, quando o bebê tem uma doença infectocontagiosa, como conjuntivite, estomatite e catapora, ele deve ficar em casa e só pode retornar com o receituário médico, dizendo que está apto.
21. Preparo: todos os funcionários da escola (porteiro, faxineiro, cozinheira) devem ter senso de educação, pois desempenham papéis importantes na formação da criança.
22. Formação: pergunte pela formação de todo o corpo docente. As berçaristas devem ser formadas em pedagogia (e podem ter o apoio de auxiliares).
23. Hora de comer: cada criança tem o seu próprio tempo para comer, e isso deve ser respeitado. O ideal é que a refeição seja feita com calma e atenção, sem compartilhamento de talheres e pratos – cada um deve ter o seu. As restrições alimentares de cada criança também devem ser respeitadas, seguindo as orientações do pediatra.
24. Sono: seu filho pode dormir breves sonecas ao longo do dia, de até 20 minutos, mas nunca muito mais do que isso, para não atrapalhar a noite de sono em casa.
25. Agenda: pergunte se a instituição tem o hábito de fazer uma agenda com o resumo do dia do bebê (se evacuou, comeu bem, tomou leite etc.). Essa é uma boa forma de comunicação da escola com os pais.
26. Materiais: a instituição deve deixar claro, desde o início, quais são os objetos e materiais fornecidos por ela e quais devem ser levados pelos pais.
27. Estímulo: as pedagogas devem estimular o bebê com brincadeiras em grupo, músicas, contação de histórias, filmes e diversas outras atividades.
28. Sol: a rotina dos alunos deve contar com banho de sol. São poucos minutos por dia, mas que fazem a diferença para a saúde da criança.