Nas redes sociais, "Homem Pateta" induz crianças a suicídio, alerta polícia
Diferentes perfis nas redes sociais com imagens que lembram o Pateta, personagem da Disney, chamaram a atenção da polícia por supostamente enviar mensagens que induzem crianças ao suicídio. A Polícia Civil de Santa Catarina então divulgou esta semana um alerta para pais de crianças e adolescentes.

Com o nome de Jonathan Galindo, as páginas interagem com as crianças por meio de mensagens. O perfil foi originalmente criado há três anos no México. Com o tempo, os perfis falsos foram se multiplicando até chegarem ao Brasil.

Segundo a polícia, esses perfis têm poucas postagens e desafiam as pessoas a segui-los e enviar uma mensagem privada. Depois elas receberiam um retorno, seja pelo envio de mensagens, vídeos, áudios ou até mesmo de uma ligação por vídeo ao vivo.

"O que a gente tem visto é que são pessoas que usam perfis falsos para atrair crianças e adolescentes para conversas privadas. Nessas conversas, eles podem ameaçar, intimidar, chantagear e há, também, a preocupação de que possam até passar informações sobre suicídio", disse a delegada Patrícia Zimmermann D'Ávila, coordenadora da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso de Santa Catarina.

Ainda segundo ela, nenhum boletim de ocorrência foi registrado até o momento, mas o trabalho da polícia tem sido de prevenção. "Os pais têm que entender que deixar uma criança ou um adolescente navegar sem supervisão nenhuma na internet é a mesma coisa que abandoná-lo em uma via pública de madrugada", ressaltou.

Outras ameaças

O “Homem Pateta” não é o primeiro a assustar pais e crianças na internet. No ano passado, o assustador personagem Momo aparecia em vídeos infantis ensinando, passo a passo, como as crianças deveriam fazer para, literalmente, cortar os pulsos.

Em 2017, o desafio da Baleia Azul desencadeou uma série de suicídios de crianças e adolescentes. E em fevereiro deste ano, vídeos de um “desafio” chamado "quebra-crânios" passaram a circular e também causaram preocupação entre pais e profissionais de saúde.

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