Seu filho é uma criança odontocrônica?

Você sabia que a criança respirar somente pela boca pode ocasionar uma série de doenças como amigdalite, bronquite e esofagite? Isso mesmo! Os respiradores bucais, ou seja, crianças que respiram de maneira errada pela boca e pouco pelo nariz, podem desenvolver várias doenças respiratórias, gástricas e auditivas. “A Neurociência em Odontologia identifica essas crianças, adolescentes e adultos como odontocrônicos, ou seja, indivíduos portadores de doenças do aparelho respiratório, auditivo ou digestivo devido ao mau funcionamento da boca e do nariz. E essa nova odontologia, a ortodontia mio funcional, pode fazer com que a boca e o nariz voltem a funcionar normalmente, diminuindo consideravelmente ou até mesmo eliminando essas doenças”, explica o odontopediatra e ortodontista mio funcional Dr. Antônio Tavares Bueno Júnior, ESP MD e PH.D. Ele cuida há mais de 40 anos de crianças com essas disfunções, recuperando também adolescentes e adultos dessa alteração funcional, sem medicamentos e com muito sucesso.

Como acontece

O cérebro, órgão mais importante do corpo, tem na sua atividade equilibrada o oxigênio inalado pelo nariz e não pela boca. De acordo com o Dr. Antônio, quando a criança apresenta essa disfunção por hábitos respiratórios, ao entrar pela boca 30% desse oxigênio é diminuído, gerando o desequilíbrio na oxigenação cerebral, o princípio de uma doença. A respiração bucal acaba por gerar a boca seca, o que leva bebês, crianças e adultos a desenvolverem doenças como amigdalite, rinite, pneumonia, bronquite, asma, otite, sinusite, estomatite, esofagite, refluxo, cárie, gengivite,  TDAH, entre outras. “De toda forma, a saliva é a parte mais importante da boca, pois é com ela que se processa a defesa imunológica, evitando, assim, as doenças”, ressalta.

Sintomas

Apesar de, muitas vezes, passar despercebidamente entre os pais, a respiração bucal é uma disfunção que atinge 62% das crianças. E a criança com esse hábito apresenta alterações no crescimento orofacial, cansaço excessivo, dificuldade para falar, dormir, alimentar-se, além de infecções, alergias e doenças respiratórias. Os pais precisam ficar atentos e observar se a criança apresenta olheiras, narinas estreitas, lábios entreabertos e ressecados, dentes sem brilho, dificuldade escolar, se baba ou ronca durante o sono, é agitada para dormir, entre outros sintomas. “O hábito de respirar pela boca e não pelo nariz é, sem dúvida, a mais séria disfunção que uma criança pode ter em relação ao seu desenvolvimento e à saúde geral”.

Tratamento

Segundo o Dr. Antônio, o tratamento é feito corrigindo as disfunções da boca e do nariz. É realizado pelo especialista em Ortodontia Miofuncional que utiliza técnica específica no uso de aparelhos dos Sistemas Trainers e Myobrace. “Com essa técnica podemos aumentar a capacidade funcional da boca e nariz, melhorando a parte respiratória com aumento da oxigenação cerebral, alinhando os dentes para um sorriso bonito, atingindo, assim, o objetivo profissional que é melhorar consideravelmente a qualidade de vida do paciente”.

Importante

Mais de 73% das doenças dos aparelhos respiratório e digestivo de uma criança até os 10 anos de idade estão ligadas a esse péssimo hábito de respirar pela boca, que começa com a amamentação incorreta, e 38% dos indivíduos que mantém esse hábito dos 45 aos 55 anos irão apresentar ronco e apneia, terão hipertensão, diabetes tipo II e infarto do miocárdio. Não deixe que isso aconteça. A Neurociência em Odontologia pode solucionar esses problemas sem o uso de medicamentos.

 

A importância da amamentação correta

A respiração bucal é um péssimo hábito adquirido desde a amamentação. A posição errada do bebê para mamar favorece as disfunções na deglutição e posição dos músculos dos lábios e da face que são responsáveis pelos estímulos de crescimento do  crânio, face e dentes. Músculos flácidos tem levado as crianças a terem os lábios abertos e serem respiradores bucais, causando sérios desajustes no arejamento cerebral. “O correto é o bebê estar na posição vertical, de frente para o seio da mãe, que deve estar sentada confortavelmente e com as pernas apoiadas ligeiramente para cima, facilitando uma boa circulação sanguínea. O ato de amamentar precisa ser em paz e tranquilidade”, ensina.