É bastante comum as mamães terem dúvidas sobre o desenvolvimento visual do bebê. E para esclarecê-las, o Manual da Mamãe conversou com os oftalmologistas Dr. Cassiano Rodrigues Isaac e Dr. Rodrigo Machado Cruz. Confira:
O que pode prejudicar o desenvolvimento visual do bebê?Uma série de problemas pode dificultar o desenvolvimento da visão, dentre eles a catarata e o glaucoma congênitos, o estrabismo, os erros de refração (necessidade do uso de óculos), a presença de tumores intraoculares, além de outras alterações que só podem ser diagnosticadas por um oftalmologista.
O que é estrabismo?
Estrabismo é a condição popularmente chamada de “vesguice” ou “olho torto”. Consiste na movimentação e posicionamento desordenados dos dois olhos, sem paralelismo. É resultado de um defeito nos músculos que movimentam o olho ou nos seus nervos. Pode ser tanto causa quanto consequência de uma baixa visão. Além disso, a pessoa pode já nascer com este desvio ocular ou adquiri-lo mais tarde. Pode ter grande gravidade, inclusive com risco de vida, quando aparece em crianças maiores de seis anos ou em adultos, como possível sinal da presença de lesão no sistema nervoso, inclusive tumores.
O estrabismo se cura sozinho? Quando o estrabismo realmente está presente e não é apenas um falso estrabismo, ele não desaparece sozinho. É necessário o tratamento que pode ser clínico e/ou cirúrgico, e quanto antes iniciado, melhores são os resultados, principalmente nas crianças.
Um bebê de 1 mês com desvio ocular ocasional é normal?Muitas vezes, nos primeiros 3 a 4 meses de vida, enquanto a criança está desenvolvendo a capacidade de fixar o olhar aos objetos, podem ocorrer perdas de alinhamento ocular momentâneas. Após este período, ou mesmo antes, quando o desvio ocular é constante e na mesma direção, a criança deve ser melhor avaliada.
Qual é o momento ideal para a primeira consulta oftalmológica de uma criança?Sempre que necessário. No caso de crianças com olhos aparentemente normais, os pais deverão levá-las ao oftalmologista para um primeiro exame de rotina entre seis meses e um ano de vida e, a seguir, consultas anuais, ou na frequência indicada pelo oftalmologista, durante toda a infância e adolescência. Está em suas mãos a saúde ocular de seus filhos!