Osteopatia para refluxo em bebês e crianças
Choro, vômito, azia, engasgos e perda de peso são alguns sintomas do Refluxo Gastroesofágico (RGE) em bebês. E o tratamento osteopático pode ajudar a resolvê-los. “A medicina osteopática utiliza técnicas suaves em bebês que apresentam especificidade no quadro de refluxo, torcicolo congênito, problemas respiratórios e cólica. No Brasil, ela é uma especialidade do fisioterapeuta trazida na década de 90 pela Escuela de Osteopatia de Madrid Internacional”, explica o fisioterapeuta e osteopata Dr.  Mauro Gemelli.

O diferencial da Osteopatia é a abordagem terapêutica focada na causa do problema. Os sintomas que vemos no Refluxo Gastroesofágico (RGE), como regurgitação, irritabilidade, engasgos, aspirações, perda de peso e rejeição ao leite materno, são apenas consequências da doença, que melhoram ao eliminar as causas. “As causas do RGE para a Osteopatia são tensões na região crânio-cervical e abdominal/diafragmática, que geram uma dificuldade no funcionamento normal do esôfago, estômago e da válvula que restringe o refluxo (esfíncter esofágico inferior). Se a válvula não ‘fecha bem’, o conteúdo do estômago volta para o esôfago (o que provoca azia, choro, irritabilidade) e pode chegar até a boca do bebê (vômito). O uso de manobras suaves, porém específicas sobre essas tensões, normalizam a função e impedem que o refluxo disfuncional ocorra”, explica.

Em 2014 foi realizado o primeiro estudo no mundo com a aplicação de um protocolo de tratamento osteopático em um grupo de bebês entre 0 a 1 ano de idade, que demonstrou que a osteopatia trata as causas do refluxo, enquanto o uso de medicamentos apenas alivia os sintomas. Isso fica mais evidente quando estudos demonstraram que o refluxo pode continuar com a criança de forma oculta até a fase adulta, com manifestações respiratórias, como a asma, a bronquite, rinite e sinusite.

Segundo o Dr. Mauro, com uma média de quatro sessões, uma vez na semana, é possível reestabelecer esse equilíbrio funcional, que vai proporcionar melhora do controle motor da criança e vai evitar diversos problemas decorrentes desses diagnósticos não tratados de forma efetiva. E a Osteopatia é preventiva. Em países da Europa é habitual levar os bebês após o nascimento ao osteopata. Por isso, não espere seu filho apresentar sintomas, agende uma consulta preventivamente.