Existe jeito certo para o bebê se comunicar?
Mesmo antes de começar a falar, o bebê é capaz de se comunicar, de mostrar o que quer e expressar o que sente. A sua linguagem está em constante desenvolvimento e estímulos são sempre bem-vindos. Segundo a fonoaudióloga Daniella de Pádua Sales Brom, a primeira forma que o bebê encontra para se comunicar é o choro. É uma reação biológica à dor e à fome. “Nessa fase, ele se acalma com a voz da mamãe e começa a ter algumas vocalizações que são inatas, reflexas”, acrescenta.Entre 2 e 3 meses, o bebê apresenta atenção ao som, sorri, olha e vocaliza sons de diferentes alturas. Dos 6 meses em diante ocorrem as combinações de vogais e consoantes, as repetições de sílabas (“papapa”, “mamama”), fase em que a experiência dos jogos vocais acontece até o momento da primeira palavra. Nesse período, os balbucios são diferenciados. Dos 9 aos 10 meses, o repertório de sons é associado a gestos, como mandar beijos, dar tchau e apontar o que deseja.Com um ano, Daniella explica que a criança tem uma intenção comunicativa, mesmo usando poucas palavras, como por exemplo “dá”, “mamã”, “mais”, “qué”. Também começa a nomear objetos e animais com sons onomatopeicos, como “au-au”, “bibi” etc. Apresenta ainda atenção à comunicação ao seu redor e compreende ordens simples.A criança que com um ano de idade não apresenta interesse pela comunicação, que com um ano e meio não fala nenhuma palavra, e que com 2 anos não forma frases precisa passar por uma avaliação com fonoaudiólogo, profissional que orienta, avalia, identifica e intervém no diagnóstico de atrasos da fala. Alguns problemas que podem aparecer nessa fase são: gagueira, déficits auditivos, além da apraxia de fala na infância, principalmente em crianças com Síndrome de Down e Transtorno do Espectro Autista.EstímuloA fonoaudióloga ressalta que o convívio com outras crianças é fundamental para o estímulo da linguagem. Isso porque a imitação, as brincadeiras com mesmos interesses, a socialização e a coletividade aumentam o repertório linguístico e as habilidades do desenvolvimento infantil.Além disso, informa a especialista, o engajamento dos familiares com a linguagem da criança aumenta as oportunidades do dia a dia para uma comunicação eficaz. “Acredite no potencial do seu filho e não deixe de procurar orientação adequada ao primeiro sinal de atraso de linguagem”, pondera.A equipe FonoBabyKids oferece orientação, avaliação com escalas de domínio em Linguagem e intervenção com Fonoaudiólogas, Psicólogo para família, Médico, Psicopedagoga e Coach Kids.