Muitos pais se assustam somente de ouvir a palavra “Epilepsia”. Essa é uma das mais frequentes doenças neurológicas em bebês e crianças, sendo definida pela Organização Mundial de Saúde como uma afecção crônica, caracterizada por crises repetidas, decorrentes de descargas neuronais excessivas (crises epilépticas). A neurologista Dra. Vera Cristina Terra explica que o recém-nascido é mais suscetível ao desenvolvimento de crises epilépticas do que crianças maiores e adultos. “Esta predisposição pode ser explicada pelo fato do Sistema Nervoso Central da criança encontrar-se em constante evolução, desde o período intraútero”, avalia. Saiba mais sobre esse assunto com a especialista:
Causas
• Crise neonatal benigna familiar: em 54% dos casos, as crises têm início entre o 2º e 8º dias de vida e acometem recém-nascidos normais.
• Crise neonatal benigna não-familiar: as crises podem ocorrer entre o 3º e o 7º dia e acometem recém-nascidos normais. Nesse caso, não existe histórico familiar.
Diagnóstico
O diagnóstico diferencial deve ser feito com os movimentos normais do recém-nascido (soluço e movimentos faciais ou das extremidades); as mioclonias neonatais benignas do sono (abalos repetidos, rítmicos ou arrítmicos, das extremidades durante o sono desaparecem ao despertar); o tremor fisiológico do recém-nascido (oscilações de baixa amplitude e alta frequência em uma ou várias extremidades, em resposta a um estímulo ou durante o choro) e a reação de despertar do recém-nascido (abalos isolados das extremidades ou posturas tônicas não sustentadas).
Tratamento