Tão importante quanto uma avaliação do recém-nascido por médicos neonatologistas é o atendimento oftalmológico para realização do Teste do Olhinho, para evitar que doenças tratáveis possam levar à perda permanente da visão. A consideração é do oftalmologista Dr. Humberto Borges, que ressalta, a seguir, as principais doenças da visão que podem acometer o bebê.
Fique atenta!
Catarata congênitaÉ detectada com o Teste do Olhinho. O tratamento é cirúrgico e deve ser feito o mais rápido possível. Sem contraindicações, a cirurgia pode ser feita aos dois meses de idade.
Infecções congênitasQuando a mãe adquire durante a gravidez algumas doenças infecciosas, como toxoplasmose, rubéola, sífilis, citomegalovírus, hepatite, entre outras, isso pode comprometer o desenvolvimento físico e ocular da criança, levando ao surgimento da catarata, formação de lesões no fundo de olho e má-formação do nervo.
LacrimejamentoPode ser funcional, só pelo entupimento das vias lacrimais, ou persistente, com obstrução congênita. A massagem, na maioria das vezes, provoca bom resultado. Se não resolver, faz-se uma sondagem.
Ptose congênitaTrata-se de um olhinho mais fechado que o outro. O tratamento consiste em subir a pálpebra para o olho da criança receber o estímulo adequado.
RetinoblastomaÉ um tumor na retina, com o qual a criança pode nascer. Se não tratado, o bebê corre risco de perder a visão total. O problema é o diagnóstico tardio, quando os pais percebem na foto um olho com reflexo esbranquiçado e o outro normal, com reflexo avermelhado. Principalmente quando há histórico na família, o acompanhamento deve ser feito mais sistematicamente.
Retinopatia da prematuridadeCrianças que nascem prematuras, sobretudo as com menos de 1,5 kg e que ficam alguns dias na UTI, estão mais expostas à doença. A retina não foi totalmente formada, principalmente na parte periférica. Então, quando a criança nasce, a região precisa se desenvolver mais rápido e este desenvolvimento estimula a formação e o crescimento de vasos, e alguns são anômalos, o que leva a sangramento, tração e descolamento da retina. O tratamento mais comum nesse caso é a fotocoagulação a laser e medicamentos para controlar o crescimento desses vasos.