É uma menina! Logo com a descoberta começam a aparecer os tons de rosa, os laços, as fitas e, claro, os brinquinhos. É tradição realizar a perfuração da orelhinha das meninas para a colocação do primeiro brinquinho, e para que este momento traga boas lembranças, é de fundamental importância sua realização com toda segurança e dentro das normas preconizadas.A ANVISA, órgão que regulamenta os serviços que possam afetar a saúde da população brasileira, estabeleceu critérios e condições mínimas das boas práticas da perfuração do lóbulo auricular, para colocação de brincos, e afirma a “obrigatoriedade da utilização de brincos estéreis, lacrados e regulamentados, bem como a realização em estabelecimentos com alvará de funcionamento devidamente emitidos pela vigilância sanitária”.Por isso, na maioria das vezes, os brincos que as mamães compram ou ganham de presente não são os indicados para a perfuração da orelhinha de seus bebês. Por penetrar a pele, não devem ser utilizados materiais que não sejam esterilizados, mesmo que sejam de ouro ou “feitos para bebês”. Estes podem, sim, ser utilizados posteriormente, mas jamais para o procedimento de perfuração, pois aumentam os riscos de infecções e rejeições, além de provocarem maior desconforto por não terem pontas adequadas.Muitas maternidades deixaram de colocar os brincos antes da alta hospitalar do bebê, visto que há praticamente um consenso dos profissionais que atuam nesse segmento, de que o ato acarreta um maior risco de infecção hospitalar. Além disso, nesse período, o risco do desenvolvimento de icterícia (“amarelão”) é maior, e caso ocorra, o brinco precisa ser removido para a realização de fototerapia (banho de luz), com risco de fechamento do furo e necessidade de nova perfuração.
Baseando-se em todos os princípios médicos e legais, o Espaço Puericultura surge como alternativa segura para o procedimento de perfuração auricular.
Dicas para a mamãe sobre a colocação do primeiro brinquinho de forma segura
1. Não realize a perfuração no ambiente hospitalar antes da alta do bebê;2. Procure locais adequados e regularizados para o procedimento;3. Verifique se o brinco está lacrado, desta forma, você terá certeza de que ele é estéril;4. Solicite a caixa do brinco e verifique nela o número do cadastro da ANVISA;5. Questione se o dispositivo utilizado é regulamentado, sem pressão e silencioso;6. Observe se o local mantém registros dos termos de autorização;7. Certifique-se sobre a capacitação da pessoa responsável para o procedimento.8. Veja se é realizada uma marcação prévia;9. Garanta que você receberá orientações sobre os cuidados de limpeza durante a cicatrização;10. Pergunte se existe algum pediatra responsável para orientá-la, no caso da suspeita de infecção local.