Reações como coceira, vermelhidão, inchaço e descamação na pele lideram as queixas no consultório do alergista, superando as respiratórias. Segundo a pediatra especialista em pediatria e alergia pediátrica Dra. Gabriela Dourado, elas são decorrentes de uma reação exagerada do organismo a alimentos, poluentes, cremes, remédios, ácaros, entre outros. Para alertar os pais, a médica explica os principais sintomas e causas das manifestações alérgicas mais comuns na pele:
Urticária: é uma lesão avermelhada que surge em placas e relevo, não são fixas e provocam intensa coceira, podendo ser desencadeada por diversos mecanismos, como reação a medicamentos, picada de insetos, alimentos, corantes e conservantes, infecções, entre outros. Muitas vezes, é difícil estabelecer a causa, o que pede uma boa avaliação da história clínica do paciente.
Angioedema: possui a mesma origem da urticária, no entanto está associado à forma mais grave de reações, pois acomete as camadas mais profundas da pele e mucosas, levando a inchaço nos lábios, língua, olhos e vias respiratórias. Pode vir associado à reação grave que pode ocasionar choque anafilático.
Dermatite de contato: é uma alteração da pele que promove vermelhidão, vesículas, coceiras e descamação, geralmente relacionadas com contato direto por diversas substâncias, como bijuterias, produtos químicos, cosméticos, produtos de limpeza, tinturas, entre outros. As mãos são geralmente mais afetadas.
Dermatite atópica: muito comum nas crianças, surge normalmente em regiões de dobras como pescoço, parte de trás dos joelhos e dobras dos braços. Uma das características mais importantes é o aspecto da pele sempre ressecada, além da coceira intensa nas regiões mais afetadas. Como é uma doença crônica, com fases de melhora e piora, a pele adquire um aspecto escamoso e espesso, com regiões mais escurecidas.
Picadas de inseto: na maioria das vezes, a reação é pequena e localizada. No entanto, quanto mais sensível a pessoa mais intensa será a reação alérgica, com lesões avermelhadas e pruriginosas mesmo após uma única picada, como se ela tivesse sido atacada por diversos mosquitos. Em alguns casos as lesões podem durar mais de 30 dias.
“Existem diversos tratamentos para cada tipo de alergia e cada tipo de pele. O consenso é sempre usar produtos hipoalergênicos. Tratamentos com antialérgicos são indicados para urticárias e dermatites. Também existem imunoterapias específicas para alergias, como as de picada de insetos, a fim de se evitar reações graves. O importante é sempre procurar orientação médica”.