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A ginecologista e obstetra Dra. Clarissa Marini Pinto Japiassu explica que o diagnóstico é clínico e laboratorial. Deve-se avaliar a pressão arterial, presença de edema generalizado (parede abdominal, pernas, face, região lombossacra e mãos), aumento de peso acima de 1000g por semana, proteinúria com valores iguais ou maiores a 300mg de proteína na urina coletada durante 24h.Uma vez que a doença foi diagnosticada, o acompanhamento médico para controle da pressão arterial é o tratamento indicado, além de redução do sal na dieta, melhora nos hábitos e prática de atividades físicas. “Pode ser necessário também o uso de anti-hipertensivos, cuja indicação é particularizada para cada paciente”, avalia a médica.As complicações da hipertensão gestacional afetam os sistemas cardiovascular, renal, hematológico, neurológico, hepático e uteroplacentário. “Isso pode causar descolamento da placenta, prematuridade, retardo do crescimento intrauterino, morte materno-fetal, oligúria, crise hipertensiva, edema pulmonar, edema cerebral, trombocitopenia, hemorragia, acidente vascular cerebral, cegueira, intolerância fetal ao trabalho de parto e a Síndrome HELLP (caracterizada por: (H) hemólise, (EL) enzimas hepáticas elevadas e (LP) baixa contagem de plaquetas)”, informa a ginecologista. Formas da doença
Segundo a ginecologista, outras formas de hipertensão arterial podem também estar presentes na gestação, como a hipertensão crônica (que ocorre antes da 20ª semana) e a hipertensão transitória (ocorre na gestação ou nas primeiras 24 horas após o parto). Além disso, a DHEG compreende a pré-eclâmpsia (diagnosticada após 20 semanas de gestação) e a eclampsia (é a pré-eclâmpsia associada à convulsão e/ou coma, sem causa aparente).