Não consigo engravidar, o que faço?
Tentar ter um filho e não conseguir por um problema orgânico ou emocional é uma situação que deixa o casal abatido e frustrado, muitas vezes sem saber se existe a necessidade de procurar ajuda médica ou não. A ginecologista e obstetra Dra. Marjorie Mota, que trabalha há 17 anos na área de reprodução assistida, afirma que nenhum casal deve se angustiar, pois poucas são as dificuldades que não serão resolvidas com atendimento especializado.Segundo ela, o momento certo para procurar auxílio profissional para engravidar depende exclusivamente do casal. ”Inicialmente, conversamos com os interessados na gestação para conhecermos até que ponto existe necessidade de iniciar de imediato os exames ou se uma boa conversa vai tranquilizá-los até que o tempo biológico se complete e eles engravidem.”

O tempo biológico é de um ano em mulheres com até 35 anos e seis meses nas com mais de 35 anos. “Esses prazos podem ser desconsiderados em situações especiais quando já temos conhecimento da causa da infertilidade”, esclarece. O primeiro passo da investigação quando a gravidez não ocorre naturalmente neste tempo é que o homem submeta-se ao espermograma com capacitação. “Recomendo que esse seja o primeiro exame realizado, pois com um único procedimento descartamos 50% das causas de infertilidade”, ressalta a Dra. Marjorie. Se tudo estiver normal com o homem, a mulher deverá submeter-se aos exames necessários conforme prescrição médica.

Tratamentos

Existem vários tratamentos para casais com problemas reprodutivos e a conduta irá depender de uma criteriosa investigação. Segundo a Dra. Marjorie, alguns casais engravidam somente recebendo orientação do período ideal para fazer sexo (coito programado), outros podem melhorar a qualidade do espermatozoide com medicações, existe quem fique fértil com medicações para induzir a ovulação e há os que realmente necessitarão de técnicas de reprodução assistida.

Dentre essas técnicas há a Inseminação Artificial (IA), em que estimula-se o ciclo da mulher com indutores da ovulação e é introduzido um sêmen melhorado na cavidade uterina no período da rotura do folículo. Outra técnica é a Fertilização In Vitro (FIV), que baseia-se na captação de óvulos oriundos de ovários estimulados podicipediformes indutores da ovulação para colocá-los juntos a espermatozoides capacitados para fertilização em laboratório. Por sua vez, existem dois tipos de Fertilização In Vitro: uma em que os óvulos e espermatozoides são deixados em placas com meios de cultura e os óvulos são penetrados pelo espermatozoide; e a outra em que o espermatozoide é escolhido e injetado dentro do óvulo que foi captado do ovário estimulado.