Câncer de mama: do diagnóstico à cura
O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no mundo, só perdendo para os tumores de pele. Sua incidência é menor abaixo dos 35 anos e torna-se progressivamente maior acima desta idade. Em 2016, foram registrados mais de 50 mil casos da doença, que é caracterizada por um crescimento rápido e desordenado de células da mama, de forma incontrolável, determinando a formação de tumores malignos, podendo inclusive espalhar-se por outras regiões do corpo.

Para aumentar as chances de cura é muito importante fazer o diagnóstico precoce do tumor. De acordo com o oncologista Dr. Wagner de Paula Loureiro, o ideal é que mulheres na idade de risco, ou seja, a partir dos 40 anos, realizem o exame mamográfico anualmente. Dessa maneira, é possível identificar lesões extremamente pequenas, de apenas alguns milímetros. Para derrubar o mito de que a doença é uma sentença de morte e reforçar que cuidar da saúde é um gesto de amor à vida, o Manual da Mamãe, com ajuda do Dr. Wagner, explica detalhes sobre a doença:

FATORES DE RISCO

Idade: as mulheres acima dos 50 anos são mais propensas a desenvolver o câncer de mama.

Menarca precoce: primeira menstruação com menos de 12 anos.

Menopausa tardia: após os 55 anos.

Primeira gravidez: acima dos 30 anos.

Nuliparidade: não ter filhos.

Contraceptivos orais: o uso desses medicamentos é considerado fator de risco para o câncer de mama, porém os estudos são bastante controversos no que se refere a este tópico.

Fatores genéticos: são muitos importantes. A história familiar de câncer de mama ou de ovário, em familiares consanguíneos, especialmente aqueles com a mutação dos genes BRCA1 e BRCA2, indica risco mais elevado.

Outros fatores são bastante debatidos, como sobrepeso, obesidade pós-menopausa; tabagismo e a exposição mais frequente à radiação.

PREVENÇÃO

É possível fazer a prevenção atuando-se sobre os fatores de risco. Estima-se que por meio de alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir o risco da doença em até 25%. É altamente recomendável controlar o peso corporal e evitar a obesidade por meio de alimentação saudável, exercícios físicos e evitando o consumo de bebidas alcoólicas. A terapia de reposição hormonal, quando indicada, deve ser feita sob rigoroso controle médico.

SINTOMAS

A principal forma de manifestação do câncer de mama é o nódulo, que 90% das vezes é percebido pela própria mulher. Esse caroço geralmente é duro, podendo ser indolor ou eventualmente doloroso, móvel ou fixo. Pode-se ter ainda a pele da mama mais avermelhada, e, outras vezes, uma retração do “bico da mama”. A saída de líquido pelo mamilo pode estar ou não presente, e ainda podem aparecer pequenos nódulos nas axilas.

DETECÇÃO

A mulher deve procurar fazer o autoexame com alguma regularidade, e levar ao conhecimento de seu médico qualquer dúvida que venha a ocorrer. A orientação no Brasil é que a mamografia seja realizada a partir dos 50 anos, porém o Dr. Wagner e a maioria dos oncologistas recomendam que seja feita a partir dos 40 anos. Além disso, diversos outros fatores podem modificar o melhor momento para a mamografia, como os fatores de risco anteriormente citados.

TRATAMENTO

O tratamento depende do tamanho da tumoração, da fase em que a doença está no momento do diagnóstico, da idade das pacientes e de vários outros fatores. Pode envolver cirurgia, quimioterapia e/ou radioterapia. Na grande maioria dos casos, o procedimento cirúrgico abrange a reconstrução juntamente com a cirurgia plástica.

CONTROLE

Após o término do tratamento o controle de doença envolve a realização periódica de exames de sangue, raio-x do tórax, ecografia de abdômen, tomografias e

PET, conforme a necessidade de cada caso

Dúvida

A mulher que teve câncer de mama ainda pode engravidar?

Pode. No entanto, devemos lembrar que o tratamento do câncer é composto de cirurgia e, em casos selecionados, radioterapia, quimioterapia e utilização de hormonioterapia. Portanto, durante esse período, a paciente não é aconselhada a engravidar.