A importância da fisioterapia na gestação, parto e pós-parto
Durante a gestação a mulher passa por várias mudanças hormonais e físicas que podem gerar dores, desconfortos e limitações em sua rotina. Sendo assim, é muito importante se preparar para essa fase tão especial. “A fisioterapia durante a gestação contribui para melhorar a qualidade de vida, reduzir dores na coluna, no púbis, o inchaço e a fadiga, além de colaborar no preparatório para o parto. A prática permite uma vida saudável, com disposição e energia para as atividades diárias”, explica a fisioterapeuta obstétrica e doula Dra. Fernanda Cristina de Oliveira.

A fisioterapia pode ser indicada no início da gestação ou com 28 semanas gestacionais, o que vai depender da avaliação da paciente. Em alguns casos, pode ser recomendada até mesmo antes da gestação se a mulher apresentar disfunções como perda de urina ou dor pélvica, por exemplo. “Após a avaliação identificamos os objetivos para um plano de tratamento individualizado, com exercícios específicos para a região pélvica a fim de melhorar a consciência corporal e a força, normalizar o tônus muscular perineal e melhorar o padrão respiratório. Tudo isso é fundamental no preparatório para o parto normal”, informa a Dra. Fernanda.

Segundo a especialista, a fisioterapia obstétrica é importante também durante o trabalho de parto normal. Os exercícios favorecem a descida e o encaixe do bebê. “Utilizamos posturas e exercícios que auxiliam em todo processo do nascimento. Aplicamos também recursos não farmacológicos de tratamento para dor com técnicas e aparelhos da fisioterapia durante o trabalho de parto”, esclarece.

Vale ressaltar que a fisioterapia é indicada independentemente da via de parto, uma vez que o enfraquecimento da musculatura do assoalho pélvico ocorre durante toda gestação por causa do peso do bebê, da ação hormonal e da alteração postural comum durante a gestação.

Pós-parto

No pós-parto, a fisioterapia apresenta benefícios que vão desde a melhora da cicatrização à rápida recuperação da parede abdominal. A avaliação fisioterapêutica pode ser feita logo após o parto, porém o tratamento depende da autorização do médico responsável, e normalmente varia de 15 a 60 dias. “Os exercícios no pós-parto buscam a correção postural, reabilitação da diástase, fortalecimento pélvico e abdominal, normalização do tônus muscular e tratamento das disfunções pélvicas e sexuais. O protocolo de reabilitação no pós-parto conta com exercícios específicos e a associação com a fisioterapia dermatofuncional, com um tratamento individualizado e completo”, finaliza.