A mãe pode ir preparando a criança desde cedo, mostrando que outras pessoas também são capazes de cuidar dela. Deixe-a mais tempo com os avós ou com os padrinhos, e aproveite para passear um pouco, se cuidar, sair com os amigos e até ter um momento a sós com o marido. Com o tempo, a criança vai perceber que a mãe se ausenta, mas volta, e será benéfico para todos. De acordo com Elaine, ao sair, sempre se despeça e explique que vai voltar. Se você for embora sem falar com seu filho, ele não entenderá, e isso pode gerar insegurança e perda de confiança.
“Mesmo que seja um bebê, converse com ele. Diga que precisa ir trabalhar ou fazer alguma coisa na rua, mas que irá retornar. Quando deixar a criança na escola ou com outra pessoa, não demonstre tristeza ou angústia. Qualquer sentimento que você tiver irá transmitir ao seu filho. Portanto, seja firme. Diga que o ama, que ele ficará bem e que mais tarde irá buscá-lo”, orienta a psicóloga.
Uma dica importante para estimular a independência da criança é fazer com que ela valorize o seu próprio espaço. “Deixe claro que ela tem a sua cama, o seu quarto e os seus objetos. Concessões podem ser feitas, como dormir uma noite ou outra com os pais. Mas é fundamental que ela já comece a ter noções de discernimento, e entenda que certas coisas não podem ser feitas sempre que ela tiver vontade”.
Responsabilidade
Outra boa dica, segundo Elaine Di Sarno, é incentivar a realização de tarefas que ela já possa fazer sozinha, como escovar os dentes, se vestir e tomar banho. Peça ajuda em funções que sejam apropriadas à idade dela, seja arrumando a mesa, guardando os brinquedos, regando as plantas, dando comida ao cachorro, entre outras. Isso ajudará no seu desenvolvimento. Para a psicóloga, a criança muita ociosa tende a demandar mais a atenção dos pais, além de se tornar preguiçosa.
“Se ela estiver com receio de realizar alguma tarefa, primeiro entenda a razão deste medo e a encoraje a enfrentar a situação. É importante que a criança já saiba que virão outros medos ao longo da vida, mas que ela esteja preparada para encará-los e tentar superar”.
Em suma, qualquer excesso não é saudável, tanto a falta de zelo como o excesso dele. “Lembre-se: se você estimular a independência de seu filho, estará fazendo dele um adulto seguro, responsável e capaz de resolver seus próprios problemas com maturidade e clareza”, finaliza Elaine.
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