O que fazer para se livrar das estrias após a gravidez?
Durante a gravidez, o corpo da futura mamãe passa por muitas transformações. A mais perceptível é o aumento de peso. Quando a pele é excessivamente estirada e é ultrapassada sua capacidade de distensão, surgem as temidas estrias que, na maioria das vezes, instalam-se nas mamas, abdômen, coxas, nádegas e quadris.

“As estrias podem ocorrer em até 70% das gestantes e se desenvolvem geralmente a partir da 25ª semana de gravidez, principalmente devido à predisposição genética”, explica a dermatologista Dra. Soraia Damaso Taveira, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e Dermatopatologista e Patologista Clínica pela USP.

A largura das estrias, o grau de acometimento e os locais de ocorrência determinarão a maior ou menor dificuldade no seu tratamento. Quando elas ainda são vermelhas significa que são recentes e o tratamento tem eficácia terapêutica maior. Por outro lado, se já são brancas, trata-se de lesões mais antigas, nas quais já ocorreu atrofia das fibras colágenas e elásticas, o que torna o tratamento mais demorado.

O objetivo dos tratamentos é a formação de um novo colágeno reparador. Isso pode ser feito por meio do uso de cremes com ativos que ajudam na capacidade mecânica da pele, principalmente a elasticidade, associados, ou não, a peelings, laser fracionado, microagulhamento e subcisão. “O dermatologista irá avaliar cada caso e indicar o melhor tratamento. A variedade de possibilidades, tempos atrás escassas, hoje traz mudanças significativas na vida das mulheres, com aumento da autoestima”, afirma.

 

Prevenir é o segredo

 

Com tamanha probabilidade de ter estrias na gravidez, o segredo está na prevenção. A primeira dica é o rigoroso controle do ganho de peso, por meio de alimentação equilibrada. Também é importante hidratar-se por dentro e por fora, para melhorar a elasticidade da pele, ingerindo em média 2 litros de água por dia e optar por hidratantes com vitamina E (tocoferol), pantenol, hidrolisados do colágeno, ácido láctico, ácido hialurônico e óleos vegetais.

A Dra. Soraia esclarece que os óleos - de amêndoa doce, rosa mosqueta, sementes de uva, macadâmia - são aliados na prevenção, porém agem apenas como uma barreira que evita a perda de água. Por isso, devem ser associados a ativos hidratantes com maior poder de penetração, agentes umectantes, emolientes e ativos com capacidade de reconstituição e manutenção da camada fosfolipídica da pele. “Os produtos usados na gestação devem conter ativos que garantam a total segurança da futura mamãe e do bebê. Não compre nada sem consultar seu dermatologista”, alerta.