Babás eletrônicas e câmeras residenciais são invadidas por criminosos
A Polícia Federal descobriu em investigação que criminosos estão invadindo câmeras residenciais e babás eletrônicas em diferentes regiões do País.

Os investigadores da Unidade de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil da PF já identificaram a invasão de 141 equipamentos na residência de famílias que vivem em 35 municípios do País.

Aproveitando que famílias estão em casa por conta do vírus, criminosos usam a deepweb (uma espécie de internet paralela) para acessar imagens internas das residências.

A partir do momento em que conseguem êxito nas invasões, eles passam a ter acesso à rotina diária da família e, dessa forma, conseguem praticar outros crimes, como extorsão.

A investigação ainda está em curso e a PF desconfia que um número muito maior de cidades e famílias podem ter sido alvos. A corporação informou que investigações sobre autores, modus operandi e a possibilidade de existirem outras invasões seguem em andamento.

"Por essa razão, a PF não comentará detalhes sobre a investigação. O objetivo neste momento é o de fazer um alerta à população", diz comunicado enviado à imprensa.

Dicas de segurança

Verificar o modelo da câmera junto ao fabricante, se há alguma atualização que corrige problemas de segurança. Caso não tenha confiança para atualizar o sistema da câmera, buscar ajuda com um técnico.

Verificar se a câmera possui algum acesso externo. É comum usuários domésticos configurarem câmeras para serem vistas fora de casa. Este tipo de configuração se não tiver os devidos cuidados pode expor a câmera para invasores.

Caso o usuário tenha optado por esta funcionalidade, recomenda-se desabilitar até que um técnico especializado possa avaliar e realizar uma configuracao mais segura.

Verificar as credenciais de acesso da câmera, trocar a senha e verificar se existem outros usuários configurados. Muitas câmeras possuem usuários de manutenção que podem ser acessados por invasores sem o conhecimento do usuário.

Por fim, na dúvida, se há o risco da câmera realizar uma filmagem de uma criança em condições vulneráveis (ex: num sofá, tomando banho, etc), sugere-se desligar a câmera até que seja possível configurar de forma segura.