A pandemia do coronavírus fez muitos pais se esquecerem ou adiarem a vacinação de seus filhos contra outras doenças preocupantes, como a meningite. De acordo com uma pesquisa feita pela Ipsos com 4.962 pais e responsáveis em oito países, incluindo o Brasil, 50% adiaram ou não comparecerem na data prevista para aplicar a imunização contra a doença meningocócica.
A meningite tem um risco de morte alto, de até de 20%, e deixa sequelas duradouras em 25% dos casos, segundo a Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações).
No levantamento, 72% dos pais brasileiros (e 63% dos participantes gerais) responderam que as medidas restritivas da pandemia são a principal justificativa para a não vacinação das crianças conforme a idade prevista no calendário de imunização.
O dado mais positivo da pesquisa é que 76% dos entrevistados brasileiros afirmaram que pretendem atualizar a vacinação dos filhos assim que as restrições forem suspensas —contra 66% na média dos oito países pesquisados.
Calendário
A imunização contra a meningite C é oferecida gratuitamente pelo SUS para crianças e deve ser aplicada em três doses: aos 3, aos 5 e aos 12 meses. Além disso, há um reforço aos 5 ou 6 anos. Já a vacina contra os tipos A,C,W e Y de meningite está disponível no SUS para adolescentes de 11 e 12 anos —a imunização também pode ser aplicada em crianças na rede particular, assim como a vacina da meningite B.
Gravidade
A meningite é uma inflamação provocada principalmente por bactérias e vírus nas meninges, membranas de tecido conjuntivo que envolvem o cérebro e a medula espinhal. A doença é bastante contagiosa e pode deixar sequelas como surdez, dificuldade de aprendizagem, crises de epilepsia e comprometimento cerebral.
Além disso, tem uma taxa de morte bastante alta, de até 20%, segundo a Sbim. A meningite pode atingir pessoas de qualquer idade, mas é mais preocupante em crianças com menos de cinco anos e idosos. A principal forma de prevenção é a vacinação.
Os sintomas mais comuns de meningite são febre de início súbito, dor de cabeça, rigidez do pescoço, mal-estar, náusea, vômito, sensibilidade à luz, confusão mental e, em alguns casos, manchas vermelhas na pele.
Em bebês, alguns desses sintomas podem estar ausentes ou são difíceis de ser percebidos. A criança pode ficar irritada, vomitar, alimentar-se mal, parecer letárgica e não responder a estímulos. Também pode apresentar a moleira afundada.
Na suspeita da doença, deve-se procurar atendimento médico o mais rapidamente possível.
Via Viva Bem - UOL
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