A primeira medida para garantir que tudo corra bem nesse sentido é realizar, ainda na maternidade, o Teste do Olhinho, que avalia a integridade anatômica dos olhos e a transparência das estruturas que devem estar cristalinas (córnea, cristalino, vítreo). “Esse exame é essencial, porém não é garantia de que tudo estará sempre bem, pois a visão, assim como a criança, está em desenvolvimento e alterações podem surgir nesse período”, informa.
Dessa forma, ao longo da infância, como a criança não sabe dizer que está enxergando mal, pois está construindo esse aprendizado, é importante ficar atento a alguns sinais que indicam problemas visuais. “Não conseguir fixar o rosto materno, não fixar e seguir objetos depois do segundo mês de vida, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor (toda a parte motora depende diretamente da visão), estrabismo, dor de cabeça após esforço visual, piscar frequentemente, olhos vermelhos... Tudo isso são alertas de que algo está errado”, ressalta.
Entretanto, esclarece a Dra. Cláudia, quando um dos olhos está bem e o outro ruim, os pais ou pediatras não irão perceber nada, pois um olho bom supre todas as necessidades da criança. E, infelizmente, a visão monocular altera o desenvolvimento da visão de profundidade. “Nesses casos, as pessoas acabam descobrindo o problema quando são adultos e esse é um período no qual a recuperação visual é pobre.”
A infância, portanto, é a fase da vida em que mais é preciso frequentar o oftalmologista. Se detectada qualquer alteração no desenvolvimento visual, a criança é tratada e há condições de reverter uma situação ruim. O acompanhamento oftalmológico é a melhor forma de evitar e/ou corrigir problemas visuais. A prevenção sempre foi o melhor remédio!
A Sociedade Brasileira de Oftalmopediatria recomenda:
• Realizar o Teste do Olhinho ao nascer;
• 1 exame oftalmológico a cada 6 meses até o 2º ano de vida;
• 1 exame por ano até os 10/12 anos de idade, de preferência com oftalmopediatra.